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Bean to bar: o cuidado e a valorização do sabor do cacau.

O mercado dos chocolates premium ou finos atrai, cada vez mais, apreciadores que buscam por qualidade, variedade, aromas, sabores, saúde, ausência de aditivos químicos e histórias. E é graças a essa mudança no comportamento dos consumidores que os produtos artesanais com identificação de origem expandem e felizmente abrem um fértil caminho para o chocolate bean to bar.

Mas o que é bean to bar? Bean to bar é o nome dado aos chocolates feitos por pessoas ou empresas que acompanham todo o processo: desde o grão do cacau até a barrinha pronta para comer. O literal da amêndoa (bean) à barra (bar).

Esse movimento, conceito ou estilo de vida, que vem se consolidando nos últimos anos em nosso país, não se resume apenas em fazer o chocolate, da amêndoa do fruto à barra. Envolve concepções que começam lá no início, na fazenda, no campo. Ele considera a qualidade do cacau e dos outros ingredientes livres de agrotóxicos; o contato com os produtores, com remuneração justa dos trabalhadores e que não envolva o trabalho infantil ou mão de obra escrava; têm um respeito incrível com a natureza e a saúde dos clientes; além da identificação da origem da plantação. 

E se ter um bom chocolate é, antes de tudo, ter um bom cacau, o chocolate maker (profissional responsável pela feitura da barra) prioriza o bom relacionamento com cacauicultor. Ele conhece a maneira como o cacauicultor fez a sua colheita, a quebra, a fermentação do grão e como foi o processo de secagem.

Nas fábricas, nada de maquinários ou tanques gigantes. As amêndoas são selecionadas, torradas, descasadas, refinadas, processadas e enformadas em barrinhas ou bombons, de maneira primorosa. Na sua grande maioria, em pequenas produções e com número reduzidíssimo de profissionais envolvidos. Ou seja, todas as etapas são conhecidas e controladas pelo chocolate maker. Ele conhece cada um dos lugares por onde o grão passou até chegar ao seu produto finalizado. Ao participar de todas as fases do processo, o profissional consegue extrair o melhor do cacau e, consequentemente, fazer um chocolate de sabor e qualidade diferenciados. Nuances que fazem toda a diferença no chocolate que a gente come.

E tem mais, para receber esse selo de pureza, o bean to bar necessita estar livre de aditivos químicos e ter sua composição feita apenas a partir de massa de cacau, manteiga de cacau e açúcar, ou com outros poucos ingredientes, como frutas e especiarias. E nesse quesito levamos vantagens. Alguns produtores de chocolate estão focados em exaltar a nossa brasilidade, com uso e valorização dos nossos ingredientes regionais e típicos do nosso país.

Característica interessante e com apelo à saudabilidade nas formulações, uma vez que vem com sua doçura reduzida, sem aromatizantes ou conservantes artificiais ressaltam o verdadeiro sabor do cacau.

Na verdade, esses produtores acabam tendo uma dupla missão no seu dia a dia: controlar a origem das matérias-primas, suas variedades e manejos e até mesmo uma dimensão ética com relação à sustentabilidade socioambiental de seus processos, sempre objetivando oferecer ao mercado um chocolate de alta qualidade, ao mesmo tempo que nos educam, com  essa nova maneira de consumir, e que nos levam a essa excepcional experiência sensorial ao apreciar chocolates como esses.

Cursos ajudam a entrar na área:

Para quem almeja empreender em chocolataria, assim como conhecer todos esses processos de manipulação a partir da amêndoa, a Castelli Escola de Chocolataria oferece diferentes cursos focados em várias etapas do processo, com jornada digital de formação. Saiba mais neste link: https://castelliescolachocolataria.com.br/cursos/on-line


 

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