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A sobrevivência de uma empresa no cenário atual, de incertezas e mudanças contínuas, depende cada vez mais de sua capacidade de gerenciar seu recurso mais importante: o conhecimento. Uma empresa que investe permanentemente na qualificação e aprendizagem de seus colaboradores está preparada para enfrentar os desafios da concorrência cada vez maior.

Neste sentido, a gestão empresarial de uma indústria de chocolates voltada para o aumento dos níveis de qualidade, produtividade, assim como para a gestão do conhecimento, é fundamental para toda empresa, independente de seu setor, tamanho ou localização.

Os pequenos negócios respondem por mais de um quarto do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro. Juntas, há cerca de 9 milhões de micro e pequenas empresas no País representando 27% do PIB, um resultado que vem crescendo nos últimos anos.

Vivemos atualmente em um mundo tão globalizado, que uma crise nos chamados “países ricos” ou “países industrializados” tem um efeito dominó nos demais países.

Por isso, cada vez mais, para sobreviver no longo prazo e ser sustentável, uma empresa precisa ser muito competitiva. Ser competitiva significa que ela tem condições de competir com suas concorrentes, ou seja, que oferece ao mercado produtos e serviços que tenham alta qualidade, baixo custo e que sejam inovadores.

   No entanto, a qualidade e a eficiência produtiva na indústria de chocolates são condições fundamentais para garantir a competitividade de uma organização diferenciando    a empresa a         impulsionar seu crescimento. Os países industrializados e alguns países em desenvolvimento já entenderam que a inovação na Gestão da Produção e da    Qualidade será, daqui em diante, o    principal pilar de seu crescimento. Hoje, cada dia mais empresas estão procurando se adequar ao novo sistema de demandas e    ofertas, e o que procuram identificar como competir em um    mercado exigente.

 Existem 3 objetivos de desempenho para que a competitividade estratégica seja realizada, sendo elas: qualidade, buscando produzir bens ou serviços que atendam rigorosamente seus   critérios e cujos os processos produtivos evitem refugo e retrabalho; flexibilidade um dos benefícios da manufatura, com a habilidade de adaptações no mercado, com capacidade de se   adequar conforme evolui o negócio; confiabilidade, buscando valorizar os compromissos de entrega com cliente.

São vencedoras as empresas que surpreenderam o mercado com produtos e serviços novos e diferentes que nem os clientes imaginavam como possíveis. As empresas no segmento de chocolates que tem sucesso hoje foram aquelas que reinventaram seu setor na gestão de práticas de produção e qualidade no seu processo de manufatura. Não somente as que apenas fizeram melhor, mais rapidamente, com menos custo, mas que fizeram coisas fundamentalmente diferentes.

Na definição popular: “Produtividade é fazer mais com menos”. Em outras palavras, busca-se (+) resultado com (-) recursos:

 ·        mais lucro com menos esforço;

·         mais produto com menos desperdício;

·         mais qualidade com menos reclamação;

·         mais resultado com menos retrabalho;

·         mais satisfação com menos prejuízos.

 A Gestão da Produção e Qualidade em uma empresa tem como maior compromisso a garantia de resultados para os clientes, estabelecendo prazos e quantificando estes resultados. A produtividade é quantificável e só terá sentido se a empresa, após adotar uma medida de melhoria, compará-la aos resultados anteriores.

COMO BUSCAR PRODUTIVIDADE

Inicialmente começamos com o entendimento dos processos da empresa, tendo como objetivo detalhar todos os seus problemas e oportunidades, de preferência com o auxílio do próprio pessoal.

Sejam quais forem as mudanças necessárias, o ambiente interno deve ser preparado pelos que acompanham o processo desde o início, dando suporte para que os funcionários revelem sem constrangimento suas carências a fim de facilitar a implantação dessas mudanças.

 Para conseguir melhor produtividade, é importante estabelecer metas e controlar resultados associados a melhorias das operações:

·         Controles de documentos;

·         Absenteísmo;

·         Atrasos de produção e entrega;

·         Desperdícios;

·         Redução da ociosidade;

·         Paradas de máquinas, etc.

 Combater o desperdício:

·         Aparente: facilmente identificável - luz, água, lixo, sucata...

·         Oculto: existente nos processos de trabalho com o qual nos acostumamos, sem percebê-lo como anormal.

Planejar e organizar o trabalho:

·         Manter os equipamentos em perfeitas condições de uso;

·         Capacitar os processos e equipamentos e treinar os operadores para fazer o certo sempre.

Melhorar continuamente produtos e processos:

·         Reduzir o tempo de preparação das atividades;

·         Diminuir as distâncias entre equipamentos e recursos;

·         Automatizar as tarefas cansativas e promover rotatividade no trabalho;

·         Criar procedimentos, controles e indicadores visuais do uso dos recursos e equipamentos. Agregar valor a produtos e serviços:

·         Diminuir custos com a melhor utilização do espaço útil.

Explorar a criatividade:

·         Sempre existe uma nova forma de melhorar a execução de um tarefa;

·         Pergunta-se sempre: “Por que fazemos assim?” e “Como podemos fazer melhor?”;

·         Observar os detalhes.

Preocupar-se com o ambiente de trabalho:

·         Desenvolver um ambiente de trabalho harmônico tanto no aspecto físico ou quanto no relacionamento com os colegas (ambiente limpo, seguro, arejado, num clima de amizade e confiança);

·         O trabalho ordenado proporciona sempre melhores resultados.

Preocupar-se com treinamento e qualidade profissional de todo o quadro de funcionários:

·         Investir na formação básica e na qualificação profissional dos funcionários (cursos e atualizações tecnológicas);

·         Valorizar o profissional, afastando-o do medo e da insegurança e propiciando o conhecimento de assuntos de interesse do seu trabalho (palestras, encontros, trabalhos em grupo, feiras).

COMO BUSCAR A QUALIDADE

Estar em sintonia com o cliente:

·         Tudo tem início com o cliente, o fiel da balança de nosso sistema de qualidade. Dele depende a perpetuação de nosso negócio.

Solucionar rapidamente os problemas:

·         Falhas detectadas em produtos, processos ou serviços devem ser prontamente solucionadas, principalmente se estiverem afetando diretamente o consumidor;

·         Planos emergenciais que protejam o cliente fazem parte de um sistema eficaz de atendimento.

Elaborar e cumprir padrões:

·         Padrões e procedimentos propiciam a organização dos processos e demonstram os níveis de organização da empresa.

Para finalizar deixo esta mensagem de um grande executivo e gestor da produção:

“A competitividade de um país não começa nas indústrias ou nos laboratórios de engenharia. Ela começa na sala de aula.”

 Lee Lacocca

                                                                                             IVAN CARLOS PALUDO - Consultor Organizacional, graduado em Engenharia Mecânica e Engenharia Metalúrgica