Gestão Financeira
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Editoria Chocolatear
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08/12/2020
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2020, ano totalmente atípico, marcado pela pandemia da Covid-19. Ano que gerou incertezas, insegurança, intranquilidade, indefinições, projeções sem perspectivas e muito desgaste físico e mental.
Todavia,
a história retrata períodos e momentos semelhantes ou ainda mais desastrosos do
que este que passamos em 2020. Cabe salientar os registros de fatos marcantes
como: a 1º Guerra Mundial (1914 -1918), a denominada Gripe Espanhola (1917 –
1918) e a 2º Guerra Mundial (1939 - 1945), períodos com dizimação de milhões de
vidas humanas. No entanto, tudo já passou e a humanidade se recompôs com novas
adequações, aprendizados e evoluções na capacidade de conviver com as
dificuldades e ultrapassá-las.
Portanto,
para vencermos ou continuar vencendo, temos que estar imbuídos, no mínimo, de
muita dedicação, de comprometimento, de controle e de inovação. Essas mesmas
virtudes devem estar direcionadas às nossas empresas, independentemente do
tamanho e ou da sua grandeza. O empresário não pode, simplesmente, esperar e
ver o que acontece, mas, sim, deve agir, planejando constantemente o seu
negócio, mediante inovações em busca da superação.
Para se
ter uma empresa organizada, bem-sucedida e com crescimento estável, é necessário
manter a área financeira saudável, com controles internos adequados que darão
lastro à perenidade.
A gestão
financeira de qualquer empresa passa pela organização e pelo controle, separando
os valores pessoais dos valores da empresa, jamais misturando-os. As despesas e
investimentos familiares do empresário ou sócio devem ser sustentadas pelas
suas finanças pessoais, oriundas do seu pró-labore aliado às de distribuições
lucros que a empresa venha a efetuar. Jamais utilizar os recursos financeiros
da empresa para pagar as “contas e despesas pessoais dos sócios”.
É comum
nos depararmos com empresários que alegam que o seu negócio não gera lucros,
mas, ao serem questionados sobre as finanças da sua empresa, mediante uma
análise simples do Fluxo de Caixa Financeiro (quando existe) e a Demonstração
de Resultado, observa-se que praticamente inexiste a rubrica “Pró-Labore”, ou
seja, os valores são muito baixos, normalmente equivalentes a um salário mínimo
mensal.
Por sua
vez, o empresário, independentemente de ser o único sócio ou não, alega que não
tem pró-labore, no entanto, com o aprofundamento das conversações, nota-se que vários
gastos pessoais e familiares, como viagens
(para o Nordeste, USA e Europa), celulares, combustíveis, seguros,
oficina mecânica, escola dos filhos etc., são pagos, irregularmente, pelas finanças
da empresa. Ora, isso demonstra total falta de controle interno e desvio de
foco empresarial.
Com raras
exceções, responsáveis pelo setor financeiro justificam que a organização
efetua a distribuição de lucros aos sócios. No entanto, faz-se aqui um alerta:
consultem e busquem informações adequadamente com o seu contador, pois é o
profissional que poderá melhor orientá-los, justamente para evitar futuros
problemas fiscais e tributários, gerando um passivo oculto, visto que a
distribuição de lucros possui normatização clara da Receita Federal do Brasil.
Pare e
pense! Faça, constantemente atualizações, pois nos momentos difíceis é que
temos que exercer nosso espírito de criatividade, com posturas e atividades
proativas e vencedoras.
Professor Sérgio Nikolay
Crédito foto: Scott Graham